PRODUÇÃO DE METANO RUMINAL POR BOVINOS E AÇÕES MITIGADORAS
O crescimento da população
mundial demanda aumento da produção de alimentos com consequente ampliação do
rebanho bovino. Este crescimento consome recursos naturais que, em toda sua
cadeia produtiva.
O atual modelo de produção
acaba causando forte degradação ambiental que aliada à intensa atividade de
urbanização, às atividades de combustão ou liberação de energia aprisionada em
materiais orgânicos e às atividades crescentes de emissão de gases, intensifica
o “Efeito estufa”.
No ambiente global, nossos principais importadores estão
preocupados com a preservação do planeta. Ampliam-se barreiras a produtos que
não observem a ideologia sustentável. Não compram mais carne vinda de áreas de
derrubada de mata amazônica, e alguns já consideram a produção do metano
ruminal por nossos bovinos como um fator limitante nas negociações. O Brasil
deve se preparar para resolver este problemas procurando formas de minimizar a
produção de metano ruminal, antes restrições
sejam impostas.
É comum ouvir as
pessoas comentarem que o “Pum da Vaca” esta promovendo o aquecimento global.
Gostaria de informar a todos que a maior parte do gás produzido pelos
ruminantes ocorre no rumem sendo liberado pela boca, ou seja, estamos falando
de “Arroto da Vaca”.
EFEITO
ESTUFA - O “Efeito Estufa” é a forma que
a Terra tem para manter sua temperatura constante e dar condições a existência
de vida na terra.
A
radiação solar incide sobre a superfície terrestre, esta radiação ou é absorvida
pela superfície terrestre ou é refletida para o espaço, passando pelo cobertor
de gases e vapor de água que envolve a terra.
O GÁS
METANO - O metano é o hidrocarboneto
encontrado na forma de gás denominado
biogás
ou gás dos pântanos, inodoro e incolor
Do total de metano no mundo, 60% da emissão é produto da
ação humana, vindo principalmente da agropecuária.
O
METANO RUMINAL - Os ruminantes possuem a capacidade para
converter alimentos de baixa qualidade, (gramíneas ricas em fibras), em
proteína bacteriana de alta qualidade e energia, através da fermentação
anaeróbia do alimento, principalmente de tipo fibroso.
A
digestão de gramíneas e leguminosas só é possível devido população microbiana
do rúmen que promove a degradação da
O pH do
rúmen é mantido em equilíbrio com a retirada do excesso de H2 pelas
bactérias metanogênicas, principalmente as do gênero Archae Baker (1999).
Para o
H2 ser eliminado, ele é ligado
moléculas de CO2, formando NH4 que é expelido. Este
processo é realizado pelas bactérias metanogênicas.
A
retirada do H2 mantém o sistema em equilíbrio, pois, à medida que
ocorre a fermentação dos carboidratos no rúmen, aumentam os teores de
hidrogênio que, se não forem removidos, inibem os sistemas enzimáticos,
prejudicando a digestão.
Animais
consumindo dietas de baixa qualidade podem produzir mais metano por unidade de
produto (carne ou leite) em relação aos animais de alta produção consumindo
dietas de melhor qualidade em maiores níveis de ingestão.
ASPECTOS
QUANTITATIVOS DA PRODUÇÃO DE METANO
A
emissão de metano tem relação direta com a eficiência fermentativa ruminal,
representa perda de carbono e consequentemente perda de energia, e pode
resultar em menor desempenho animal.
No
Brasil, o maior efetivo da pecuária é representada por bovinos (87% de gado de
corte e 13% de gado de leite). Sendo contabilizado em 170 milhões de animais em
2001 (IBGE).
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