segunda-feira, 22 de julho de 2013

PRODUÇÃO DE METANO RUMINAL POR BOVINOS E AÇÕES MITIGADORAS (Parte 1)

PRODUÇÃO DE METANO RUMINAL POR BOVINOS E AÇÕES MITIGADORAS

O crescimento da população mundial demanda aumento da produção de alimentos com consequente ampliação do rebanho bovino. Este crescimento consome recursos naturais que, em toda sua cadeia produtiva.
O atual modelo de produção acaba causando forte degradação ambiental que aliada à intensa atividade de urbanização, às atividades de combustão ou liberação de energia aprisionada em materiais orgânicos e às atividades crescentes de emissão de gases, intensifica o “Efeito estufa”.
No ambiente global, nossos principais importadores estão preocupados com a preservação do planeta. Ampliam-se barreiras a produtos que não observem a ideologia sustentável. Não compram mais carne vinda de áreas de derrubada de mata amazônica, e alguns já consideram a produção do metano ruminal por nossos bovinos como um fator limitante nas negociações. O Brasil deve se preparar para resolver este problemas procurando formas de minimizar a produção de  metano ruminal, antes restrições sejam impostas.
 É comum ouvir as pessoas comentarem que o “Pum da Vaca” esta promovendo o aquecimento global. Gostaria de informar a todos que a maior parte do gás produzido pelos ruminantes ocorre no rumem sendo liberado pela boca, ou seja, estamos falando de “Arroto da Vaca”.

EFEITO ESTUFA - O “Efeito Estufa” é a forma que a Terra tem para manter sua temperatura constante e dar condições a existência de vida na terra.
A radiação solar incide sobre a superfície terrestre, esta radiação ou é absorvida pela superfície terrestre ou é refletida para o espaço, passando pelo cobertor de gases e vapor de água que envolve a terra.

O GÁS METANO -  O metano é o hidrocarboneto encontrado na forma de gás denominado biogás ou gás dos pântanos, inodoro e incolor
Do total de metano no mundo, 60% da emissão é produto da ação humana, vindo principalmente da agropecuária.

O METANO RUMINAL - Os ruminantes possuem a capacidade para converter alimentos de baixa qualidade, (gramíneas ricas em fibras), em proteína bacteriana de alta qualidade e energia, através da fermentação anaeróbia do alimento, principalmente de tipo fibroso.
A digestão de gramíneas e leguminosas só é possível devido população microbiana do rúmen que promove a degradação da
O pH do rúmen é mantido em equilíbrio com a retirada do excesso de H2 pelas bactérias metanogênicas, principalmente as do gênero Archae Baker (1999).
Para o H2 ser eliminado, ele é ligado moléculas de CO2, formando NH4 que é expelido. Este processo é realizado pelas bactérias metanogênicas.
A retirada do H2 mantém o sistema em equilíbrio, pois, à medida que ocorre a fermentação dos carboidratos no rúmen, aumentam os teores de hidrogênio que, se não forem removidos, inibem os sistemas enzimáticos, prejudicando a digestão.
Animais consumindo dietas de baixa qualidade podem produzir mais metano por unidade de produto (carne ou leite) em relação aos animais de alta produção consumindo dietas de melhor qualidade em maiores níveis de ingestão.

ASPECTOS QUANTITATIVOS DA PRODUÇÃO DE METANO

A emissão de metano tem relação direta com a eficiência fermentativa ruminal, representa perda de carbono e consequentemente perda de energia, e pode resultar em menor desempenho animal.

No Brasil, o maior efetivo da pecuária é representada por bovinos (87% de gado de corte e 13% de gado de leite). Sendo contabilizado em 170 milhões de animais em 2001 (IBGE). 


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