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Nesta
época do ano, fim de março abril e início de maio, o número de horas do dia
começam a diminuir, a temperatura começa a cair e, apesar dos pastos ainda
estarem verdes sua qualidade já não é a mesma. Aumenta o teor de fibra, tem
tendência a florir, seu crescimento diminui e sua qualidade nutricional decai.
Por estes motivos é denominado de período “de transição” entre estação chuvosa
e seca, os cuidados devem ser redobrados.
Com o fim
do período chuvoso, as pastagens, em muitas regiões do Brasil, sofrem
transformações. A produção começa a reduzir, a qualidade do pasto piora e não é
possível mantermos mais as mesmas taxas de lotação do verão. Para que uma
gramínea tropical se desenvolva, três fatores associados precisam estar em
equilíbrio: água, luz e temperatura. Quanto maior for a oferta de água, o
fotoperíodo (número de horas de brilho solar) e temperaturas, maior será a
produção de um pasto. Além dos fatores climáticos, a produção de pastos sofre
impacto das condições de fertilidade do solo (disponibilidade de nutrientes) e
espécie manejada.
Produção
e qualidade
Este
raciocínio está parcialmente correto, uma vez que, além dos fatores edafo climáticos
(relação: terra, planta, atmosfera/ clima), a produtividade de pastagens é
muito dependente das condições de manejo empregadas numa propriedade.
Geralmente, erros de manejo são simples de ser corrigidos. Entretanto, na
prática, nem sempre conseguimos atingir bons resultados, pois dependemos de
treinamento e capacitação da mão de obra para condução adequada de um sistema
de pastejo rotacionado.
Apesar de básico, o controle de altura de entrada e saída de piquetes ainda é um desafio para muitas propriedades. Cada espécie forrageira tem uma altura ótima de entrada e de saída dos piquetes, de acordo com o projeto delineado em dias de ocupação e período de descanso. O objetivo de colocarmos animais dentro de piquetes com altura adequada é o fornecimento de uma forragem de qualidade. Quanto maior for a altura de uma planta, e quanto mais massa é acumulada num módulo de produção, menor tende a ser a qualidade da forragem disponível. Infelizmente, quanto mais massa uma planta acumula com o passar do tempo, menor é o seu valor nutricional.
Apesar de básico, o controle de altura de entrada e saída de piquetes ainda é um desafio para muitas propriedades. Cada espécie forrageira tem uma altura ótima de entrada e de saída dos piquetes, de acordo com o projeto delineado em dias de ocupação e período de descanso. O objetivo de colocarmos animais dentro de piquetes com altura adequada é o fornecimento de uma forragem de qualidade. Quanto maior for a altura de uma planta, e quanto mais massa é acumulada num módulo de produção, menor tende a ser a qualidade da forragem disponível. Infelizmente, quanto mais massa uma planta acumula com o passar do tempo, menor é o seu valor nutricional.
O ponto
de corte ou pastejo de uma dada forrageira é sempre no ponto de intersecção
entre o maior valor nutricional e maior produtividade.
Um
conceito muito importante de ser avaliado é a diferença entre oferta de forragem
(ou disponibilidade) e consumo animal. Muitos produtores associam uma produção
elevada no pasto ao sucesso no manejo do seu sistema. Essa análise está errada,
pois a nossa preocupação é direcionada ao consumo efetivo de matéria seca (MS)
em sistemas rotacionados.
A tabela
1 apresenta a altura de entrada e saída de diferentes forrageiras, além dos
dias de descanso para diversas forrageiras.
forrageira
|
Altura
de entrada (cm)
|
Altura
de saída (cm)
|
Nº
piquetes
|
Mombaça
|
90
|
30 a 50
|
28 a 35
|
Tanzânia
|
70
|
30 a 50
|
28 a 35
|
Elefante
|
100
|
40 a 50
|
32 a 46
|
Marandu
|
25
|
10 a 15
|
28 a 35
|
Xaraés
|
30
|
15
|
28 a 35
|
Tifton-85
|
25
|
10 a 15
|
18 a 21
|
Coast-Cross
e Florakirk
|
30
|
10 a 15
|
18 a 21
|
fonte EMBRAPA
Os motivos que levam ao descontrole e erros de manejo em pastagens são diversos. Nossa experiência prática, no campo, acompanhando diferentes sistemas de produção, tem demonstrado que o sucesso no manejo de pastagens depende muito da capacitação da mão de obra responsável pela condução de um módulo de produção. suplementação alimentar.
Suplementação
alimentar
Um fator muito importante que interfere muito na
qualidade do manejo de sistema de pastejo é a presença e emprego de diferentes
formas de suplementação. A suplementação geralmente é realizada com ração
comercial pronta, comprada em lojas, cooperativas, fábricas, ou concentrados
com formulação própria, produzidos na própria fazenda, quando esta compra
diretamente insumos de fornecedores de matéria-prima. A suplementação
geralmente é realizada o ano todo para fazendas de leite a pasto com melhores
produtividades e condições de manejo. A suplementação se faz necessária ao
conduzirmos sistemas de produção a pasto, pois o consumo de forragem é limitado
pelo teor de fibra (mensurada em % fibra em detergente neutro ou FDN) em
relação ao peso vivo de um dado animal. Logo, mesmo que fosse nosso objetivo,
não conseguiríamos atender a demanda de nutrientes para produção de leite, com
boa rentabilidade, sem fornecimento de concentrados.
Existem diferentes formas de suplementarmos animais
em produção a pasto. A mais empregada é o fornecimento somente de ração ou
concentrado em cochos individuais durante a ordenha ou cochos coletivos em
alguns casos com canzis, pós-ordenha. Em algumas propriedades, além do
fornecimento de concentrado, é fornecido volumoso e concentrado no cocho,
também pós-ordenha. Logo, precisamos tomar cuidado quando classificamos
sistemas de produção como: “sistemas de produção a pasto”. A nomenclatura mais
correta seria, talvez, “sistemas de produção a pasto com suplementação”, ou
“sistemas mistos” quando temos uma combinação de situações, como lotes sendo
suplementados apenas com concentrados e lotes suplementados com concentrado e
volumoso.
Em muitos casos, o fornecimento de volumoso no
cocho atende uma demanda importante no manejo nutricional associada à saúde
animal e manutenção de pH ruminal,essencial para boa digestão. Para sistemas
mais intensivos e com animais mais produtivos a pasto, a quantidade fornecida
de concentrado tende a ser maior. Nestes casos, não recomendamos o fornecimento,
de uma única vez, de maiores quantidades de concentrado no cocho, sem
pré-mistura com alimentos volumosos. No caso de sistemas mistos, a demanda de
volumoso predicada em dietas é repartida entre a forragem fornecida no cocho,
misturada ao concentrado, e o consumo de pasto. O desafio sempre está na
quantidade de pasto consumida, diariamente. Em termos práticos, mensurar a
quantidade fornecida e consumida de alimento no cocho (manejo de pesagem de
sobras) é, relativamente, fácil. O mesmo não é possível em relação ao consumo
de pastagem. A tabela 2 resume os tipos de manejo de pasto com fornecimento de
suplementação.
sistema
|
suplementação 1
|
suplementação 2
|
Pasto Integral
|
Mineralização
|
Nenhuma
|
Pasto com Suplementação
|
Ração ou Concentrado
|
Nenhuma
|
Pasto com Suplementação (Misto)
|
Ração ou Concentrado
|
Forragem Conservada
|
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