Página Destinada a Assessoria em Agronegócio e Meio Ambiente do Sul e Centro Sul Fluminense.
quarta-feira, 18 de setembro de 2013
sábado, 14 de setembro de 2013
sábado, 7 de setembro de 2013
Fazenda Três Marias (primeira parte)
Na Fazenda Três Marias, localizada no Distrito de Bacaxá, município de Saquarema, estado do Rio de Janeiro, teve o início do trabalho em março de 2013, que tem como objetivo a implantação de uma granja leiteira que irá ofertar ao mercado leite de alta qualidade e genética Girolando de ponta.
Em seus trinta alqueires de topografia muito amena com boa temperatura média anual, solo arenoso na estabilização terá como atividade a criação de animais 1/2, e 3/4 de sangue Girolando em sistema de pastejo rotacionado com todos os animais a campo.
No início do trabalho o rebanho era
formado por 90 vacas, tendo 30 animais no leite e 60 animais secos e
uma produção de 120 litros por dia.
Foi feito exame de brucelose e tuberculose (nenhum animal foi positivo), em todos os animais.
como
segunda prova vacas foram avaliadas zootecnicamente, tocadas para
determinar o estado reprodutivo em que se encontravam os animais.
Foram
colocados para descartes os animais com algum defeito, baixa qualidade
zootécnica e as vacas secas que não estavam prenhes.
No final chegamos a uma conta de 30 animais em condição de continuar no rebanho.
baixada com os piquetes já montados |
Paralelo ao trabalho de seleção dos animais que irão ficar no rebanho, teve início o planejamento das áreas de produção de alimento volumoso de qualidade e em quantidade a vontade. As áreas escolhidas para iniciar o trabalho foram as mais próximas a sala de ordenha. Foram retiradas amostras de solo para determinar a fertilidade do solo e após isto, as áreas que já tinham gramíneas foram roçadas, caladas, adubadas e divididas. Uma área que havia pouca gramínea de qualidade para o gado está sendo calada, gradeada e sulcada para posterior plantio de tifton 85. Nenhuma área da propriedade será arada, pois o solo é exageradamente arenoso e optamos por não mexer na estrutura do mesmo.
Na região existe pouca disponibilidade de mão de obra, e uma das qualidades da propriedade é ser totalmente mecanizável. Para fazer a correção e adubar o solo, optamos por comprar uma espalhadeira de calcário e adubadeira. Esta máquina trabalha acoplada ao braço do trator e ligada na tomada de força, facilita muito o serviço de calagem e adubação.
segunda-feira, 12 de agosto de 2013
quarta-feira, 7 de agosto de 2013
OVINOCULTURA
OVINOCULTURA
(parte 1)
Caminho
da pecuária de corte das regiões sul e centro fluminense
O consumo de carne de ovinos tem
aumentado na região sudeste, em especial na cidade do Rio de Janeiro e Região Metropolitana. Isto cria uma demanda que pode ser aproveitada pelos pecuaristas do estado do
Rio de Janeiro.
Atualmente, a produção de carne no estado e no país não atende
à demanda de consumo.
A tendência de crescimento do
mercado faz com que a atividade se torne cada vez mais comum na Região.
Hoje a cadeia produtiva na região
centro sul esta completa com todos os elos da cadeia existentes, (produção, abate
e mercado consumidor), nossas propriedades tem tamanho ideal para criação de
ovinos, deixando as baixadas para a produção de leite de vaca e as “saias de
morro” para a criação de ovinos, já existe na região uma planta frigorífica em
funcionamento e o que é melhor o mercado consumidor é enorme e esta esperando
os produtos para serem consumidos.
Então qual é o problema?
Esta cadeia ainda é muito frágil,
pouco se produz na região e no estado existem poucas plantas frigoríficas à
disposição dos criadores sendo que o elo mais forte é o mercado consumidor. A
maioria da carne de cordeiro, consumida dentro do estado, vem de outras regiões
do país assim como do Uruguai e Argentina.
A falta de conhecimento técnico
provoca prejuízos advindos de gastos com medicamentos, ração, mão de obra, baixa
produtividade e perda de animais, além disto, temos poucos produtores na
atividade e a soma destes fatores torna os custos de produção muito altos.
Como não se tem
um protocolo de atuação e são poucos os
técnicos preparados para desenvolver a atividade dentro de nossa região, utiliza-se
pouco pasto e muita ração em todas as fases da criação soma-se ainda, o controle de
verminoses que é pouco eficiente.
A baixa produtividade e perda de animais aumentam os
prejuízos com a atividade. Temos também poucos produtores presentes na
atividade. Os custos de produção são muito altos.
Com este quadro descrito acima,
chegamos as seguintes afirmações:
Vende-se pouco porque não tem
produção, não se tem produção por que se vende pouco.
Em fim existem muitos fatores a favor e muitos contra apesar disto a
atividade vem se desenvolvendo.
temos que
aproveitar o momento da ovinocultura no sul e centro sul fluminense para desenvolver a atividade
COMO MUDAR ESTE QUADRO?
• Combate a parasitos.
• Preparando técnicos para atuar
corretamente no campo ajudando o produtor a desenvolver bem sua atividade
• Desenvolver protocolo de atuação
para a atividade tendo preocupação com o manejo nutricional, sanitário e do rebanho.
• Desenvolvendo e implantar sistema
de pastejo rotacionado para as diversas categorias, determinando as melhores
forrageiras e manejo para ovinos.
• Desenvolver uma alimentação
adequada para as diversas categorias de ovinos pastando.
• Montar rações econômicas.
VERMINOSES
Um dos maiores desafios dos
criadores de ovelhas e carneiros é evitar a perda de animais devido às
verminoses, doenças causadas por vermes que podem levar à morte de até 50% do
rebanho. Anemia, falta de apetite, cansaço e diarreia estão entre os principais
sintomas das verminoses,
Haemonchus contortus Trichostrongylus
colubriformis (Oliveira-Sequeira & Amarante, 2002).
A doença também pode ser
identificada a partir do exame de fezes. Também é possível identificar os
animais que precisam ser vermifugados a partir da observação das conjuntivas de
seus olhos. Este método se chama Famacha.
O ciclo evolutivo desses parasitas
compreende, as seguintes fases: Parasita adulto no trato gastrintestinal do
hospedeiro definitivo, Ovos eliminados com as fezes, A doença também pode ser
identificada a partir do exame de fezes.
Larvas eclodem e sofrem mudas (L1,
L2 e L3) em aproximadamente sete dias. Larvas L3 (infectante) abandonam o bolo
fecal e infectam o hospedeiro por via oral. As L3 não se alimentam e podem
sobreviver por meses nas pastagens, dependendo das condições climáticas
(temperatura e umidade). No tubo digestivo, as larvas infectantes sofrem
mudança (L4).
Alcançam a fase de adulto jovem e
adulto maduro sexualmente (de 20-40 dias após a ingestão, dependendo da
espécie). As fases de vida livre desses parasitas, que compreendem desde a fase
de ovo até L3, permanecem nas pastagens, sem sofrer a ação dos medicamentos. Essa
população tem grande importância epidemiológica, porque mantém o caráter de
suscetibilidade e contribui para a redução do caráter de resistência aos anti-helmínticos.
O uso de anti-helmínticos é a
prática mais utilizada pelos produtores para controlar os parasitas
gastrintestinais nos ovinos. Uso indiscriminado tem levado, no entanto, ao
aparecimento de resistência genética dos endoparasitas (principalmente H.
contortus) aos princípios ativos mais usados. O uso racional dos
anti-helmínticos é de grande importância para o controle dos parasitas. A
observação cuidadosa e frequente de todos os animais auxilia muito na
identificação daqueles que estão clinicamente afetados.
Os animais apresentam apatia,
mucosas anêmicas e, muitas vezes, edema submandibular.
O pesquisador Ramayana Braga
explica que existem dois métodos para a utilização desses medicamentos.
“Um é o método geral, em que você
vermifuga todos os animais”.
“O outro é o tratamento seletivo,
em que se vermifuga apenas os animais que estão doentes”.
O segundo método traz a vantagem de
ser mais econômico pois requer a utilização de quantidades menores do
medicamento. jejum de cerca de 12 horas antes do tratamento e a utilização de
doses corretas ajudam a melhorar a eficácia da medicação.
Vários fatores podem afetar a
resistência do hospedeiro. A idade e o estado fisiológico são fatores muito
importantes que já foram comentados.
A maior resistência de animais da
raça Santa Inês aos helmintos em relação aos animais de raças europeias tem
sido verificada (Amarante ET al. 2004; Rocha et al., 2005).
Os cruzamentos com as raças
europeias podem afetar a suscetibilidade e, dependendo do sistema de criação,
sérios prejuízos podem ocorrer. A utilização de raças mais resistentes e
produtivas é um parâmetro importante no controle dos parasitas
gastrintestinais.
A resistência individual dos
animais também é observada Animais que apresentam infecção por helmintos devem
ser identificados e eliminados dos rebanhos.
O uso de pastejo rotacionado com a
utilização de espécies forrageiras com alto valor nutritivo, adaptadas à região
diminui a ocorrência de infestação e que não favoreçam o desenvolvimento das
larvas de helmintos, também ajuda ao controle da infestação dos animais por vermes.
A Fazenda São Fernando localizada
no distrito de Massambara, Município de
Vassouras estão sendo feito testes com o uso de torta de Nim dada na ração.
Como vimos um dos maiores gargalos
da ovinocultura em nossa região é a verminose. Sendo que a vermifugação de
animais realmente infectados é altamente recomendável. Por dois motivos :
diminui custo de produção e o aumento da resistência dos vermes aos vermífugos.
PROCEDIMENTOS ÚTEIS, NA REVERSÃO DA
RESISTÊNCIA DOS VERMES AOS PRICÍPIOS ATIVOS EXISTENTES NO MERCADO.
a) Utilizar técnicas (OPG, Método Famacha) para
vermifugar somente os animais que realmente precisam de tratamento,
b)
Evitar
a troca frequente de vermífugos com diferentes princípios ativos;
c)
Alimentação
equilibrada com teores de nutrientes na necessidade dos animais.
d)
Realizar
mudança lenta dos grupos químicos de vermífugos(mínimo de 1 ano);
e)
Monitorar
mensalmente 10 % do rebanho, para a realização de exame de fezes (OPG).
f)
Testar
a eficácia do vermífugo, utiliza-se o teste de redução do OPG.
g)
Vermífugo
poderá ser considerado eficaz se o resultado for acima de 90%. Abaixo deste
valor, acredita-se que os vermes estejam resistentes ao vermífugo utilizado.
h)
Pesar
os animais e dividi-los em grupos para administração correta da dose.
i) Animais
recém adquiridos devem ser vermifugados antes de serem introduzidos no rebanho;
j) Vermífugos
orais, os animais devem ser vermifugados em jejum de 10 a 12 horas, mantendo-os
somente com água por outras 6 horas após a aplicação;
k)
Fêmeas
prenhes devem ser vermifugadas 30 dias antes do parto.
l)
Animais
muito anêmicos em função da verminose devem receber complexo vitamínico, ferro
e alimentação rica em proteína bruta antes da vermifugação;
O
MÉTODO FAMACHA
• É avaliado o grau de anemia
individual
• Compara-se a coloração da
conjuntiva do animal com um cartão que contém colorações que correspondem a
cinco graus de hematócrito ou de anemia
Grau Famacha
|
Coloração
|
Hematócrito %
|
Atitude clínica
|
1
|
vermelho robusto
|
27
|
não tratar
|
2
|
vermelho rosado
|
23 a 27
|
não tratar
|
3
|
rosa
|
18 a 22
|
tratar
|
4
|
rosa pálido
|
13 a 17
|
tratar
|
5
|
branco
|
< 13
|
tratar
|
Somente em propriedades onde predomina o verme causador
de grande anemia, Haemonchus contortus
Assinar:
Postagens (Atom)